terça-feira, 7 de junho de 2011

O esqueleto humano é a estrutura de sustentação do corpo sobre o qual se apoiam todos os tecidos. Para que possamos nos mover, o esqueleto se articula em vários lugares e os músculos que envolvem os ossos fazem com que estes se movam. Esses movimentos são controlados pela vontade e coordenados por nervos específicos. Existem diferentes formas de lesões nessas estruturas, e aqui neste trabalho vocês verão algumas dessas formas, como entorses, luxações e fraturas.

ENTORSES
Entorse significa uma lesão que ocorre quando se ultrapassa o limite normal de movimento de uma articulação, ele pode ser definido como uma separação momentânea das superfícies ósseas, ao nível da articulação. Normalmente, ocasiona distensão dos ligamentos e da cápsula articular e, conseqüentemente, dor intensa ao redor da articulação acompanhada de inchaço e equimose, dificuldade de movimentação em graus variáveis e, às vezes, sangramentos internos. Após um entorse deve-se aplicar frio intenso no local, com bolsa de gelo, toalhas frias, pois isso reduzirá o inchaço, o hematoma e a dor. Massagens ou aplicações quentes devem ser feitas somente 24 horas após o incidente. O socorrista deve evitar a movimentação da área lesionada, pois o tratamento da entorse, também consiste em imobilização e posterior encaminhamento para avaliação médica.

FRATURAS
Podemos definir uma fratura como sendo a perda, total ou parcial, da continuidade de um osso. A fratura pode ser simples (fechada) ou exposta (aberta), e ainda pode ser classificada como fratura completa e incompleta.
Fratura fechada – é assim chamada quando a pele não é rompida pelo osso quebrado.
 Fratura aberta ou exposta – ocorre quando o osso atravessa a pele e fica exposto. A possibilidade de infecção neste tipo de fratura é muito grande e, portanto, deve ser observada com atenção.
      Fratura completa – abrange toda a espessura do osso.
      Fratura incompleta – engloba parte da espessura do osso.
Os sintomas de fratura são:
 - dor intensa no local, que aumenta ao menor movimento;                   
 - inchaço;
 - crepitação ao movimentar – o som é parecido com o amassar de um papel;
 - hematoma – rompimento de vaso, com acúmulo de sangue no local;
 - paralisia por lesão de nervos.
 A imobilização provisória é o socorro mais indicado no tratamento de fraturas ou suspeitas de fraturas. Quando executada de forma adequada, a imobilização alivia a dor, diminui a lesão tecidual, o sangramento e a possibilidade de contaminação de uma ferida aberta. As roupas da vítima devem ser removidas para que o socorrista possa visualizar o local da lesão e poder avaliá-lo mais corretamente. As extremidades devem ser alinhadas, sem, no entanto, tentar reduzir as fraturas expostas.
 Realize as imobilizações com o auxílio de talas rígidas de papelão ou madeira, ou ainda, com outros materiais improvisados, tais como: pedaços de madeira, réguas, etc.
Nas fraturas expostas, antes de imobilizar o osso fraturado, o socorrista deverá cobrir o ferimento com um pano bem limpo ou com gaze estéril. Isto diminuirá a possibilidade de contaminação e controlará as hemorragias que poderão ocorrer na lesão. É importante que nas fraturas com deformidade em articulações (ombros, joelhos, etc), o socorrista imobilize o membro na posição em que ele for encontrado, sem mobilizá-lo.
 EM ARTICULAÇÕES, IMOBILIZE O LOCAL SUSPEITO DA FRATURA, NA POSIÇÃO ENCONTRADA INICIALMENTE.
A auto-imobilização é uma técnica muito simples, que consiste em fixar o membro inferior fraturado ao membro sadio, ou o membro superior fraturado ao tórax da vítima. É uma conduta bem aceita em situações que requeiram improvisação. Esta técnica é também muito utilizada no atendimento de fraturas nos dedos da mão. Na dúvida, imobilize e trate a vítima como portadora de fratura até que se prove o contrário.
Uma das mais importantes fraturas são aquelas que ocorrem na coluna vertebral.
A coluna vertebral é composta por vários ossos pequenos, as vértebras, que são empilhadas umas sobre as outras. Num canal interno, passam os nervos (medulas) que levam e trazem mensagens do cérebro para o restante do organismo, a fim de que se realizem todas as atividades do corpo humano como respiração e movimentação. Uma fratura da coluna vertebral pode causar lesões na medula, gerando danos irreversíveis ou não à saúde da pessoa. Quando a coluna está fraturada, há dor nas costas ou no pescoço; formigamento de parte do corpo, geralmente nas pernas; dificuldade ou impossibilidade de movimento; dificuldade de sentir alguma parte do corpo (geralmente as pernas).
A vítima fraturada na coluna não pode se movimentar, nem ser deve ser removida do local do acidente sem ajuda. Deve, também, ser levada a um serviço de saúde, sem movimentos bruscos. É totalmente indevido o movimento da coluna ou da cabeça.


LUXAÇÕES
            A luxação é uma lesão onde às extremidades ósseas que formam uma articulação ficam deslocadas, permanecendo desalinhadas e sem contato entre si. O desencaixe de um osso da articulação (luxação) pode ser causado por uma pressão intensa, que deixará o osso numa posição anormal, ou também por uma violenta contração muscular. Com isto, poderá haver uma ruptura dos ligamentos.
            Os sinais e sintomas mais comuns de uma luxação são: dor intensa, deformidade grosseira no local da lesão e a impossibilidade de movimentação. Em caso de luxação, o socorrista deverá proceder como se fosse um caso de fratura, imobilizando a região lesada, sem o uso de tração. No entanto, devemos sempre lembrar que é bastante difícil distinguir a luxação de uma fratura.